sábado, 20 de agosto de 2011

Goiânia terá complexo de parques para garantir abastecimento de água


niciativa visa conter ocupação imobiliária e preservar Ribeirão João Leite.
Loteamentos têm chegado cada vez mais perto do manancial.


Complexo de parques ampliará a área do Altamiro de Moura Pacheco (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
O governo do Estado de Goiás anunciou na quinta-feira (18) a construção de um complexo de parques nas proximidades do Ribeirão João Leite para assegurar que Goiânia não venha sofrer com a falta de água.
A decisão foi tomada depois de alertas feitos por técnicos da Saneamento de Goiás (Saneago) e também por urbanistas sobre os riscos da construção de moradias muito próximas de um dos principais canais de abastecimento da capital.
A barragem do Ribeirão João Leite foi construída para abastecer Goiânia até 2025. No entanto, loteamentos têm chegado cada vez mais perto do canal de abastecimento.
A ocupação humana nas proximidades da represa pode oferecer risco à qualidade da água. A situação preocupou as autoridades, que agora tomaram uma decisão.
O governo anunciou a criação de um novo parque no local.
“Em função dessa realidade o governo estadual tomou a decisão de ampliar o parque Altamiro de Moura Pacheco, que já existe nas proximidades, e fazer um complexo de parques aqui”, declarou o governador em exercício José Eliton.
Ao lado da represa do João Leite está o parque Altamiro de Moura Pacheco, que possui cerca de 2 mil hectares de área protegida.
Com o projeto de um novo parque, a ideia é dobrar esse espaço, criando um complexo de parques. Também será feito um estudo de outros 500 hectares abaixo do reservatório para determinar qual tipo de conservação é mais apropriada ao local.
Como, por exemplo, uma área de preservação permanente. Um tipo de terreno onde é proibido o corte de árvores, a caça ou captura de animais selvagens e o uso de fogo. Regras previstas em lei.
O custo da obra ainda não foi estimado, mas o governo justifica que a verba está garantida.
Segundo o secretário estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) Leonardo Vilela, os recursos virão através da compensação ambiental. “Todo grande empreendimento mineral, agropecuário ou industrial, que requer estudo e respectivo relatório de impacto ambiental (EIA/Rima), precisa recolher meio por cento do valor da implantação do projeto a título de compensação ambiental”, explica.
O procurador geral de Justiça, José Benedito, declara que a Procuradoria está acompanhando os desdobramentos deste caso. “O nosso objetivo é o de garantir água com qualidade para a população”, enfatiza.
As autoridades já marcaram a data do novo encontro. Na próxima terça-feira (23) devem ser feitos estudos técnicos e jurídicos para viabilizar o projeto que será apresentado à Assembleia Legislativa.

 

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